POR UMA FASUBRA UNITÁRIA CLASSISTA DE LUTA – RUMO AO XXI CONFASUBRA

 

O desafio colocado a FASUBRA para o tempo presente é o fortalecimento da unidade para enfrentar a crise do capital e impulsionar o desenvolvimento do país com valorização do trabalho. O neoliberalismo, nosso velho inimigo íntimo que tanto sucateou o sistema público em geral e as universidades em particular, vive sua maior crise, mas está longe de superado. Para alcançar a unidade, é preciso haver a compreensão que a era Lula/Dilma é um novo tempo comparado a Era FHC. O momento é outro, e a ação é, portanto outra.

A bandeira de luta “Servidor Valorizado é igual a Serviço Público de Qualidade”, que no início deste ano reuniu 20 entidades nacionais que representam servidores numa campanha salarial unificada, é uma demonstração do espírito de unidade que deve inspirar a FASUBRA no tempo presente. 2012 será um ano desafiador. Será necessária muita luta unitária para derrotar medidas conservadoras do governo, como o recente corte de R$ 55 bilhões do Orçamento Federal para “engordar os especuladores com um superávit primário de R$ 140 bilhões”.

Para conquistar a unidade, a ação deve ser outra. Lutávamos na era FHC para a universidade pública não fechar as portas. Agora, o objetivo é que ela se amplie sem perder a qualidade, e valorizando o trabalho e os trabalhadores da educação. Nosso plano de carreira foi uma conquista, mas nossa carreira está viva, e portanto precisa ser mudada, repensada, reestruturada. É uma tarefa que exige unidade.

A Carreira é um dos importantes instrumentos de gestão e mudança cultural da própria Universidade. Já identificamos os problemas dessa nova carreira, que já fazem parte da mesa de negociação desde 2007 que necessitam ser aprimorados.

Mas, nos últimos anos, a FASUBRA tem se perdido em disputas intestinas que pouco contribuem para formular uma proposta consistente que seja capaz de fazer avançar a negociação com o governo. O resultado dessa perda de foco foi a derrota da última greve realizada em 2011, onde apesar de três meses de luta, saímos do movimento sem nenhuma pauta conquistada, enquanto que docentes e outros servidores federais tiveram reajustes sem entrar em greve.

A FASUBRA precisa reencontrar o rumo da unidade, concentrar esforços em debates cruciais como o direito a negociação coletiva do serviço público, organização e estrutura sindical, ampliação da participação da juventude no sindicato. O tempo presente exige uma ação unitária, com visão classista, que enxergue o serviço público de qualidade inserido num projeto de Nação, para que possamos conquistar a sociedade rumo a um projeto mais avançado de universidade e de sociedade.
Autor do resumo: Núcleo da CTB na AssufrgS.



Fonte: ASSUFRGSClassista